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O subtítulo é “identifique e mude crenças limitantes”.
Que o ser humano seja regido por padrões, por modelos mentais, nossos paradigmas, já é de nosso conhecimento. Somos programados a acreditar em determinadas coisas, odiar outras, ter certos valores, refutar outros, e, de fato, temos muito pouco livre arbítrio sobre estas operações. A maior parte das pessoas acredita que tem total domínio sobre sua vida e suas escolhas, mas quando as observamos a certa distância, padrões muito nítidos tornam-se claros. Quando fiz minha formação em Coaching Executivo com Rosa Krausz, em uma aula estávamos falando sobre crenças, quando eu fiz alguma colocação acerca das crenças limitantes. Rosa me interrompe de imediato dizendo: “Lannes, o que você quer dizer? Todas as crenças são limitantes.” Aquilo para mim foi um grande divisor de águas na terminologia que eu utilizava para categorizar crenças. Sim, era verdade, todas as crenças são limitantes no sentido em que nos aprisionam dentro de certos limites. Se acreditamos que é possível, não há lugar para o impossível. S acreditamos que não é possível, não ha abertura para o possível. Fea todo sentido. Podemos, a grosso modo, dividir as crenças em dois grandes grupos, a julgar seu efeito sobre nossos planos e objetivos: as limitadoras e as impulsionadoras. ou potencializadoras. O que queremos identificar e transformar são as ditas limitadoras, pois são as crenças que reforçam em nós os modelos atuais, o padrão atual e irá criar formas de boicotar qualquer intenção de mudanças.
“A caverna que você teme entrar esconde o tesouro que você busca.” Joseph Campbell
A PNL, Programação Neurolinguística, demonstra que existe uma forte ligação entre processos neurológicos, linguagem e padrões comportamentais. Nossa autoimagem é formada quando estamos em nossa pequena vida, quando ainda não temos a capacidade analítica do pensamento estruturado. Hoje sabemos que nossas crenças são formadas até os 5 anos de idade, a forma como vemos e entendemos o mundo e como vamos nos comportar nele. Quando falamos em comportamento e mudanças, o Coaching está ai para nos ajudar a identificar e mudar padrões que nos impedem de sermos e atingirmos o que queremos na vida.
A metodologia do Inner Game também fala sobre uma disputa interna, ou um jogo interior que está constantemente acontecendo. Enfim, perguntas sobre o porque determinadas pessoas conseguem realizar tanto e outras com tanto ou mais potencial que estas, não conseguem, abrem espaço para mais pesquisa e investigação. Quais as crenças que povoam a cabeça de cada um? A frase de Jean Cocteau, famoso ator e dramaturgo francês, retrata bem a força de nossas crenças e paradigmas:
“Não sabendo quer era impossível, foi lá e fez”.
Conseguimos realizar apenas aquilo que conseguimos enxergar como real, possível. Por isto se fala tanto na força de imaginar algo que se queira banhando esta cena com boa dose de emoção positiva. Quando conseguimos ver algo futuro como se já existisse, sentimos emoções muito fortes que nos mobilizam para a ação, facilitam a organização de planos e a organização de recursos.
Este tema, trabalho no formato de palestra ou workshop com a metodologia “Imunidade à mudança” de autoria de Robert Kegan e Lisa Laskow Lahey, dois professores de Harvard.
Muitas de nossas idéias são passadas de uma geração para outra e muitas delas são absolutamente ridículas. Se observarmos as limitações auto-impostas veremos que elas tiveram origem normalmente no pensamento dos pais que é coerente com o pensamento de seus pais e por ai vai. Quer dizer que somos totalmente passageiros neste processo e não temos nenhum poder de consciência ou de transformação? Não, podemos sim fazer mudanças, mas não sem antes tomarmos consciência de que estávamos presos em um paradigma e o reformularmos. O processo do Coaching trabalha exatamente neste processo.
Robert Anson Heinlein, autor de ficção norte americano disse:
“Na ausência de metas claramente definidas nos tornamos estranhamente leais para realizar trivialidades diárias, até que, finalmente, nos tornamos escravizados por isto”.
Este frase reflete a forma como nos entregamos à rotina repetitiva e como esta passa a preencher nossas vidas e ganha sentido em si mesma. A pergunta que emerge desta reflexão é: “Qual a vida que vale a pena ser vivida?”.
Grande abraço
Luciano Lannes