Olá seres relacionais.
Os comentários soltos, espontâneos que fazemos, revelam mais sobre como pensamos e no que acreditamos do que se possa imaginar.
No exemplo do vídeo, algo bem comum de vermos acontecer, quando nós mesmos, por vezes, protagonizamos tal fala. É interessante notar também a reação da outra pessoa.
Vou me ater a apenas duas possibilidades para simplificar.
1 – o ouvinte “embarca na onda”, e vai fundo na crítica. Neste caso, ambos estão na mesma sintonia e temos aí um largo espectro de possibilidades, desde um comentário “suave”, sem conotações agressivas sobre a harmonia do visual e vestimenta ou porte físico por exemplo, até críticas ácidas, pejorativas, racistas ou mesmo ofensivas.
2 – o ouvinte percebe um “tom” com o qual não concorda. Isto ocorre quando os valores que estão embutidos no comentários são muito diferentes dos da pessoa que os ouve. As reações de quem ouve podem ser as mais variadas, vejamos um leque de cinco opções:
- Não gostou, mas quer fazer de conta que concorda: manifesta ações como uma risadinha amarela;
- Não gostou, mas não quer “encrencar”: ações como ficar em silêncio, fazer de conta que não ouviu;
- Não gostou e quer que o outro saiba: ações como uma cara de quem não gostou ou uma frase irônica como vimos no vídeo “…até parece que você é muito bonito…”;
- Não gostou e quer trazer ao outro a consciência do absurdo que aconteceu: ações como parar e conversar e questionar os valores que o outro acabou de manifestar;
- Não gostou e fica com raiva da ação do outro: ações como elevar a voz, expressar a raiva e cobrar um outro posicionamento do outro e deixar claro para seu interlocutor, que ele não deveria falar assim.
Nossas crenças, preconceitos e valores, estão alojadas no inconsciente e vêm à tona conforme os contextos de conversas nas quais estamos. Quanto mais espontânea a pessoa estiver, menos filtros haverá, e assim, maior clareza teremos sobre a forma daquela pessoa falar.
Quer conhecer alguém melhor? “Dê corda” para a pessoa, incentive-a a contar o que fez, como fez e porque fez. Faça perguntas para explorar mais os comportamentos. Use de ética nesta pesquisa do outro. Toda informação pode ser utilizada para o bem ou para o mal. Por isso, a finalidade de conhecer melhor o outro é saber lidar melhor com a pessoa e mesmo ter alguma influência positiva sobre ela. Não queira ser xerife moral do outros, ou educador(a). Cada pessoa está em um nível de desenvolvimento em termos de maturidade, inclusive você.
Falando em você, utilize sem economia a dica dos 5 segundos, se não conhece, veja aqui. https://lucianolannes.com.br/voce-consegue-contar-ate-cinco/ Com ela, você ganha acesso consciente ao que sai do “fundo do poço” da sua cachola, pondera, reflete e escolhe o que falar.
Espero que estas dicas lhe sejam úteis.
Seguem dois pedidos especiais.
Quer descobrir um pouco mais sobre seus padrões de comunicação? Participe da pesquisa que elaborei. Ela vai trazer mais ideias e temas para próximas postagens.
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