Há um mês estava visitando uma empresa de grande porte e ao passarmos por uma sala o gestor de RH que me acompanhava fez um sinal. Um pouco mais adiante ele disse: “está vendo, é este tipo de comportamento que precisamos mudar aqui”.
Mesmo antes de passarmos pela porta daquela sala já se ouvia em alto e bom som aquela famosa “comida de toco”.
Em um lugar reservado, o gestor disse que era muito difícil mudar aquela cultura dos líderes de gritar com seus subordinados, independente do local, pessoas em volta, etc.
Aquele era o jeito do presidente comunicar o que não havia gostado, e os líderes a adotaram. O motivo de eu ter sido chamado estava ligado a uma evasão de bons funcionários nos últimos dois anos. Não por coincidência foi quando o atual presidente assumiu.
O que vinha acontecendo é que as pessoas mais maduras, mais seguras, melhor preparadas e com melhor network no mercado, estavam deixando a empresa, e a maioria para posições melhores. Os que apesar de ressentidos pelo tratamento rude ainda ficavam eram os mais inseguros, sem network, e que iam se desmotivando e produzindo menos a cada dia.
Conversamos longamente, e o gestor de RH, embora querendo muito uma transformação do ambiente interno não nutria mais esperanças. Vimos que uma intervenção junto àquelas lideranças sem um alinhamento de valores na cultura seria inócua.
Estes dias, ele me liga todo animado me convidando para um café, para discutir mil planos de desenvolvimento de líderes. . Perguntei o que havia mudado.
Ele riu e respondeu: “Eu”.
As pessoas não abandonam empresas ou instituições. Elas abandonam maus líderes e maus colegas.
Vamos falar sobre Educação Corporativa?
Luciano Lannes
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